Quando decidi o que queria fazer da minha vida, não foi fácil, chorei muito, deixei pra trás muitas coisas, sonhos e ambições, construi uma nova vida, sem aqueles pensamentos do dia a dia, até mesmo sem os mesmos rostos, sabe o que é acordar e saber que você vai ter construir tudo de novo? Pois bem, não vou fazer disso uma história de triste que só sofro e sofro, foi quando todo dia passou a ser diferente, não tem que provar nada a ninguém, nunca ninguém me ligou pra saber as 6 da amanhã pra saber como eu estaria, pra agregar ao meu dia e saber que não, eu não estava sozinha, muito pelo contrario, só cobrança, só você tem, você vai, legal que tem gente que acredita que sou capaz, mas por dentro não existia, assim como grande parte ainda não foi reconstruída, tudo que consegui foi sozinha, foi quando todos estavam preocupados demais com o que eu podia ser, não com o que eu tinha, eu era.
Quantas vezes pedi um minuto de atenção, olha me escuta, foram poucas as vezes, que chorei pra todo mundo ver e essas vezes preciso menos que 10 dedos pra contar, todos ligam pra ti quando você cansa de fazer o que eles querem, foi assim que aprendi, terminei tudo, como diz a frase virei a página, o pior não é dor de virar a página, é saber que nela tinha muito espaço em branco pra ser escrito, os meus dias foram um a um, uma dor, não se identificar com ninguém na sala, não querer estar onde tinha que estar, quantas pessoas dariam tudo pra estar onde eu estava, sim eu estava lá de corpo, mas minha alma não, é horrível, minhas notas refletem isso, minha dor é só minha não quero que ninguém saiba disso, no próximo ano, vai ser diferente pode ter certeza, vou ler esse texto e falar como fui boba, como fui tão pequena em meus pensamentos, mas uma coisa aprendi muito, a ser feliz, quando eu quiser ser feliz, que as vezes abandonar o que mais se quer é ver que isso correu atrás de você pra te acompanhar e ver que você nunca esteve só, que o que é verdadeiro te persegue e não morre jamais, que meu o que aprendi sorrindo um dia vai ser um choro incontrolável, que não estive só nunca, só não queria abrir os olhos.
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